O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou que deixou o Brasil para evitar que suas filhas o vissem ser preso. O parlamentar está nos Estados Unidos e, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, tem um mandado de prisão preventiva expedido contra ele.
Em entrevista ao canal no YouTube do jornalista Allan dos Santos, que também está fora do país, Ramagem disse que está morando em Orlando — e não em Miami — e destacou que o processo da trama golpista, no qual foi condenado a 16 anos e um mês por três dos cinco crimes imputados, deveria ser anulado.
O parlamentar prosseguiu afirmando que Moraes é “violador dos direitos humanos” e que deixou o país porque não queria que as filhas presenciassem sua prisão. Ramagem ressaltou que não fala com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “há muito tempo” e que permanecerá nos EUA para “ajudar os exilados que estão aqui” — referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
“É lógico que eu não ia ficar no Brasil, com as minhas filhas me vendo ser preso sem ter cometido crime algum e sendo submetido a uma ditadura. Consegui sair para não expor minha família a essa violência. Hoje estou seguro aqui, com a anuência do governo americano, diante de uma perseguição grave — e só ao longo do tempo o país vai entender os porquês disso tudo”, disse.
Ramagem afirmou ainda que foi bem recebido pelas autoridades americanas e que não sabe por quanto tempo permanecerá nos Estados Unidos. “Minha família está aqui, inclusive. E o que eu posso te dizer é que as autoridades americanas me receberam muito bem, e foi expressamente o que eles falaram: ‘É muito bom ter um amigo a salvo aqui com a gente’. Então essa pequena frase já ilustra tudo”, afirmou.
O deputado tinha medidas cautelares impostas pelo STF, como a proibição de se ausentar do país e a determinação de entregar todos os passaportes (nacionais e estrangeiros), em razão das investigações contra ele.
Fonte/Créditos: Metrópoles
Créditos (Imagem de capa): Breno Esaki/Metrópoles

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